O Brasil parecia estar entrando
no eixo do crescimento econômico após árdua reforma da previdência no primeiro
ano de governo do presidente Jair Bolsonaro. Os atores sociais contrários ao
governo central estavam perdendo terreno, apesar de suas ferrenhas oposições
políticas disseminadas por todos os meios possíveis.
O ano de 2020 prometia uma
decolagem da economia e, por consequência, paz para a governança do presidente
Jair Bolsonaro. Todavia, “tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do
caminho tinha uma pedra”, como dizia o poeta. E essa “pedra” gigantesca no
caminho tinha o nome de COVID-19 ou popularmente Coronavírus. Um fenômeno que
tem causado uma hecatombe na ordem mundial. Um vírus polêmico em sua origem,
mas vindo da China, cuja criação pode ter sido natural ou em laboratório.
Discute-se, ainda, se não faz parte de uma conspiração chinesa contra o resto
do mundo. Abstraindo-se da polêmica, a verdade é que o estrago na ordem mundial
está feito. Milhares de mortes em decorrência do Coronavírus, retração na
economia mundial, mudanças de parceiros econômicos e, em síntese, perplexidade
total ante ao problema do COVID-19. Para os estudiosos da geopolítica na
história recente, um problema dessa dimensão só tem paralelo com a Gripe
Espanhola de 1918 e as Guerras Mundiais de 1914 e 1939.
Aqui no Brasil, os opositores do
governo central viram nessa crise a possibilidade de “defenestrar” o presidente
Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto. Em que pese o trabalho do governo
central contra o COVID-19, a oposição política unida aos “descamisados” que
perderam patrocínios, sinecuras e acordos politiqueiros, estão fazendo de tudo
para que a crise de saúde vire uma crise de governo. A política brasileira
virou um “salve-se quem puder”. Coisa típica ainda de republiqueta.
Para a oposição valeu a máxima de
quanto pior, melhor. Coisa típica de mercenários da política onde os fins
sempre justificarão os meios.
Nesse ambiente mediado pelo
terror, os governadores e prefeitos passaram a reproduzi-lo na prática o
discurso. Para esses governantes, a possibilidade de morte em decorrência do Coronavírus
passou a ser algo a ser evitado a todo custo, sob pena de inviabilizar o
mandato em curso. Um incidente dessa natureza poderia causar a falência do
projeto político deles, bem como serem acusados até criminalmente de responsáveis
por mortes advindas do COVID-19.
Nesse ambiente de quase anomia, a
primeira vítima foi e tem sido a verdade. A população foi tomada pela histeria
em decorrência do permanente bombardeio de notícias aterrorizantes sobre a
expansão do Coronavírus.
O Congresso Nacional tem
sinalizado que está contra o governo Bolsonaro. A mídia, capitaneada pelo Grupo
Globo e Grupo Folha, com interesses diversos, tem tentado de todas as maneiras
possíveis desgastar o governo central, principalmente em tempos de pandemia do
COVID-19, seja suprimindo o que de positivo tem no governo, seja evidenciando
as falhas...
Afinal, a quem interessa uma
desestabilização do governo Bolsonaro em pouco mais de um ano da posse? Pelo
andar da carruagem, aos setores que desejam o retorno das facilidades e negociatas
advindas do Palácio do Planalto.
O presidente Bolsonaro, em que
pese os adjetivos pesados usados contra a pessoa dele, tem governado dentro do figurino
a que se propôs: governar em linha direta com os seus eleitores e população em
geral. A essa forma de governar costuma-se adjetivar de populismo, fascismo,
autoritarismo ou, em última análise, de uma nova forma de interagir com a
população. Contudo, como na campanha presidencial o presidente Bolsonaro venceu
caciques da política brasileira utilizando-se desse estratagema, fica difícil
adjetivar objetivamente sua forma de governar de forma objetiva.
Os cânones tradicionais de
análise de política, bem como os adeptos do Estado provedor estão apavorados
com a atuação do governo Bolsonaro. Confesso que ele tem sido um iconoclasta no
que concerne à sua governança: destrói impiedosamente a coisas que até então
pareciam ser normais na política brasileira como financiamento de artistas,
financiamento de TVs privadas, financiamento de governos estrangeiros...
Não bastasse tantas pedras no
caminho do governo Central nessa pandemia do Coronavírus, o presidente
Bolsonaro foi obrigado a exonerar o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta
no dia 16/04/2020 devido à divergência na condução da saúde pública durante a
pandemia. Nesse episódio, o governo Bolsonaro sofreu ataques até de aliados.
Antes de cicatrizar a ferida da demissão de Mandetta, Bolsonaro demite, também,
uma semana depois, o ministro da justiça, Sérgio Moro. O presidente alegou
descompromisso de Moro com algumas bandeiras de governo. Moro saiu batendo em
Bolsonaro, dizendo que o presidente queria interferir na Polícia Federal. A
oposição pensa até em impeachment do Presidente. Veio outra série de ataques de todos os lados.
Teve até petista defendendo Moro. À oposição de forma geral, parece haver
somente um ranço contra a pessoa do Presidente Bolsonaro. Foi contra a exoneração
de Mandetta e de Ségio Moro. Para ela, de forma casuística, o governo é ruim,
mas se exonerar alguém, esse alguém fica bom... Coisa estranha.
Governar é diminuir problemas,
contudo o presidente Jair Bolsonaro não tem conseguido se adequar a esses
ditames. Moro era um importante baluarte de sua administração e, portanto, o
desgaste é bem grande ante a sua exoneração pelo presidente.
A oposição alega, entre outras
coisas, que o presidente fica a defender seus filhos. Que eles atrapalham a
administração do pai.
Não tenho procuração para defendê-los.
Contudo, os filhos do presidente têm mandatos eletivos e podem falar à vontade.
Se algum deles fez negociatas antes e durante o mandato, que paguem pelo
delito. Não é necessário envolver o pai e nem serem protegidos pelo pai. Essa
separação é crucial para uma forma republicana de atuação presidencial. O resto
é maledicência e estratégia politiqueira para desgastar o Presidente da
República.
Ante a todos os problemas
enfrentados pelo presidente da República, principalmente nas trocas de
ministros dos cargos mais importantes do governo e dos constantes ataques
sofridos através das viúvas da forma de fazer políticas nos últimos trinta anos,
o que sobra para os “vitoriosos”? A essa pergunta, embora bem vasta, sobra um
país mais pobre, dividido e com um futuro incerto. Ora, teria que ser assim?
Não necessariamente. Os ataques, via de regra, vem de setores contrariados com
a forma de administrar do presidente Bolsonaro. Não se trata de críticas
republicanas, preocupadas com o bem público. Estão preocupados com a desprivatização
do ente público.
O presidente Jair Bolsonaro tem
imposto, com sua idiossincrasia e estratégia política, um novo modus operandi
de lidar com a governabilidade do país. A meu ver, erra em muitos pontos.
Contudo, eu não tenho acesso às informações palacianas para entender melhor o
processo de tomadas de decisões importantes do dia a dia da política
administrativa. Assim, o governo central ao apostar na linha direta com o
eleitor e brigar com todos ao mesmo tempo pode estar armando uma armadilha
contra o seu próprio governo. Tradicionalmente não se briga com todos ao mesmo
tempo. Entretanto, Bolsonaro parece não se preocupar com o desgaste advindo de
sua atuação. Então, fica no ar se sua forma de governar está no âmbito da genialidade
ou da tacanhez política!
A jovem democracia brasileira tem
passado por provações muito fortes nos últimos 35 anos: passagem do militarismo
para um governo civil em 1989; impeachment do presidente Fernando Collor em
1992; eleição de um homem oriundo do meio operário em 2002; crise do Mensalão
em 2005; eleição de uma mulher para presidente da República em 2010; crise do
Petrolão em 2015; impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Todos esses aspectos
reforçam que o ambiente democrático no Brasil tem uma boa solidez. Contudo, há
uma forte campanha pelos bolsonarista para o recrudescimento do governo central
no sentido de implantar políticas de Estado de forma autoritária. A oposição
fica eufórica com a forma de administrar do governo Bolsonaro: para ela, tudo
está dentro do que sempre temeram ou predisseram: atrapalhadas e sinalização
autoritária.
Como um estudioso da área, vejo
que o Brasil é maior do que os anseios da oposição e das constantes sinalizações
em formas de incógnitas do governo Bolsonaro. O presidente poderia atuar dentro
de seu programa, mas sem municiar a oposição.
Nesse ambiente conturbado dos
últimos dias, não se tem notícia de contemporização de Bolsonaro com a
corrupção no seu governo: Regularizou a Petrobrás, que antes era um palco de
corrupção; tem terminado obras de vias públicas com ajuda do Exército
brasileiro... Assim, os constantes ataques da oposição tem, pelo menos, algo a
favor de seu governo: não há denúncia de corrupção, algo tão costumeiro em
todos os governos de nosso jovem país.
Tenho tido uma permanente dúvida
entre a genialidade bolsonariana e a sua insólita atuação enquanto chefe de
Estado e chefe de governo! Espero, para o bem do Brasil, que a segunda forma de
atuar seja apenas um engendração da primeira. Alles Gute Brasil!!!
Luiz Fernando da Silva
26/04/2020
Boa noite tudo bem? Sou brasileiro e procuro novos seguidores para o meu blog. Eu também posso te seguir. Novos amigos também são bem vindos.
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